Tumulto atrasa início de bazar com objetos de Abadía
O bazar para venda de bens do megatraficante de drogas colombiano Juan Carlos Ramírez Abadía, que teria início ao meio-dia de hoje, só foi aberto depois das 14 horas, segundo informações do Jockey Club de São Paulo. O motivo foi o grande número de pessoas, cerca de 5 mil, que estavam tentando entrar ao mesmo tempo no local, causando um tumulto. Policiais militares que estavam no local receberam reforço para organizar a entrada gratuita dos consumidores.
FOTOS: veja alguns dos bens que estão à venda no bazar
A Justiça Federal informou ontem que que a partir desta terça-feira teria início, no Jockey Club de São Paulo, um bazar beneficente para a venda de bens pessoais apreendidos na chamada "Operação Farrapos", que desarticulou uma organização internacional de tráfico de drogas e lavagem de dinheiro e prendeu um dos seus principais integrantes, o traficante colombiano Juan Carlos Ramírez Abadía. O bazar vai até domingo, 13/04, das 12h às 20h. De acordo com a Justiça Federal, excepcionalmente na quarta-feira haverá um leilão das 20h às 24h para bens de maior valor, como relógios, carros, canetas e bicicletas.
Cerca de 5 mil pessoas compareceram ao bazar, segundo estimativa da Polícia Militar. E houve muita confusão e tumulto. A PM usou spray de pimenta para conter o empurra-empurra e uma mulher passou mal e foi encaminhada para o hospital.
A organização do bazar afirmou que, caso ainda haja itens nesta quarta-feira, serão distribuídas senhas para os interessados.
O traficante colombiano Juan Carlos Ramirez Abadía foi condenado hoje a 30 anos, 5 meses e 14 dias de prisão pela Justiça Federal de São Paulo. De acordo com a sentença do juiz Fausto Martin de Sanctis, da 6ª Vara Federal Criminal, Abadía foi considerado culpado pelos crimes de formação de quadrilha, corrupção ativa, lavagem de dinheiro e uso de documentos falsos. A Justiça Federal condenou também a mulher dele, Yessica Paola Rojas Morales.
Foram condenados ainda o piloto de aviões gaúcho André Luiz Telles Barcellos; o comerciante Daniel Brás Maróstica, e a mulher deste, Ana Maria Stein; o colombiano Victor Garcia Verano; a empresária Aline Nunes Prado; o colaborador Jaime Hernando Martinez Verano; o ex-chefe da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) em Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná, Ângelo Reinaldo Fernandes Cassol; o policial federal Adilson Soares da Silva; o motorista Eliseo Almeida Machado, e o dono de uma agência de veículos Antônio Marcos Ayres Fonseca. Ainda segundo o julgamento, Sanctis manifestou-se contrário à extradição de Abadia para os Estados Unidos.
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