Asma pode estar relacionada a uma pequena variação genética
WASHINGTON (AFP) - Uma pequena variação de um gene aumenta o risco de a pessoa ser asmática e sofrer de uma diminuição das funções pulmonares, segundo uma pesquisa da Universidade de Chicago publicada nos Estados Unidos.
Essa variação do gene denominado CHI3LI deixa o indivíduo mais suscetível de sofrer asma, ao aumentar uma proteína (YKL-40) que é um importante marcador dessa doença, assim como do câncer.
Em contrapartida, uma versão ligeiramente diferente desta mesma variação genética gera uma diminuição desta mesma proteína, que tem um efeito protetor contra a asma, explicou a doutora Carole Ober, professora de genética humana da faculdade de Medicina da Universidade de Chicago (Illinois) e principal autora deste estudo, que será publicado no New England Journal Of Medicine em 17 de abril.
Apesar de a descoberta inicial ter sido feita em um estudo realizado em uma população geneticamente isolada, os Hutterites em Dakota do Sul (oeste), os pesquisadores puderam confirmar os resultados em outros três grupos de populações diferentes em Chicago, Madisson (Wisconsin) e Freiberg, na Alemanha.
"Contudo, falta muito por descobrir sobre essa relação, mas ao menos, agora, sabemos onde procurar", indicou a dra. Ober, destacando que "uma simples e única variação no gene CHI3L1 poderá ser responsável por grande parte do risco de ser asmático".
Desta forma, em algumas pessoas, caso a proteína YKL-40 seja bloqueada, poderá se reduzir fortemente a gravidade da asma. "Além disso, a identificação do genótipo poderá permitir determinar as pessoas que se beneficiariam mais deste tratamento", indicou.
A asma é uma doença crônica, tratável, que provoca um fechamento das vias respiratórias, dificultando a respiração.
Mais de 22 milhões de pessoas sofrem de asma nos Estados Unidos, dos quais 6,5 milhões são crianças menores de 18 anos, segundo os Centros Federais de Controle e Prevenção de doenças (CDC).
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