'Hacker' que invadiu defesa dos EUA pode ser extraditado



Um britânico acusado de entrar em redes de computadores da Nasa e na rede do Departamento de Defesa americano teve o recurso rejeitado e pode ser extraditado para os Estados Unidos para julgamento.
Gary McKinnon, de 42 anos, poderá ser condenado a 70 anos de prisão se for considerado culpado nos Estados Unidos de sabotar sistemas de defesa vitais.

As autoridades americanas acusam McKinnon de conseguir acesso a 97 computadores militares americanos e da Nasa a partir de sua casa em Londres entre os anos de 2001 e 2002, com a intenção de intimidar o governo dos Estados Unidos.

Segundo os promotores, McKinnon alterou e apagou arquivos em uma Estação Naval Aérea pouco tempo depois dos ataques de 11 de setembro de 2001, o que levou sistemas importantes a ficarem inoperantes.

McKinnon, que foi preso em 2002 e nunca foi acusado na Grã-Bretanha, admitiu que invadiu computadores nos Estados Unidos, mas afirmou que seus motivos eram inofensivos e inocentes.

Ele nega que tenha tentado sabotar os sistemas e diz que apenas queria encontrar provas da existência de Objetos Voadores Não Identificados (Ovnis) que, segundo ele, estariam sendo mantidos por autoridades americanas.

Recurso

Os advogados de McKinnon afirmaram que vão entrar com recurso na Corte Européia para que ele não seja extraditado.

McKinnon perdeu o primeiro caso em 2006 e decidiu entrar com recurso na Câmara dos Lordes, que no caso, funciona como o Supremo Tribunal Britânico.

O governo dos Estados Unidos alega que McKinnon cometeu a maior invasão de computadores militares da história.

"Gary McKinnon não é um terrorista e muito menos um simpatizante de terroristas. Seu caso poderia ser analisado de forma apropriada por nossas próprias autoridades", afirmaram os advogados de McKinnon em uma declaração.

"Acreditamos que o governo britânico não o processou para que o governo americano faça dele um exemplo. Autoridades americanas envolvidas neste caso já declararam que querem vê-lo 'fritar'", acrescentaram.

Os Estados Unidos acusam McKinnon de, entre fevereiro de 2001 e março de 2002, ter invadido dezenas de computadores do Exército, Marinha, Força Aérea e Departamento de Defesa, além de 16 computadores da Nasa.

Nos últimos anos as autoridades americanas estão processando todos que invadem os computadores do governo ou do setor de defesa dos Estados Unidos.

Em 1997 dois adolescentes da Califórnia e três israelenses foram presos por invadirem os computadores do Pentágono. Naquele caso os três israelenses não foram extraditados, foram julgados em Israel.




visite também:

http://perolasdophotoshop.blogspot.com
http://aelementar.blogspot.com

on 09:09 2 comentários

Escola na Tailândia tem banheiro para transexuais


Um banheiro para transexuais instalado numa escola de ensino médio na Tailândia virou sucesso entre os alunos da instituição.
A escola Kampang, localizada no nordeste do país, instalou os banheiros depois de uma pesquisa apontar que 20% dos alunos se consideravam transexuais.


De acordo com o diretor, Sitisak Sumontha, esses estudantes eram importunados por outros alunos quando usavam os banheiros masculinos. Quando passaram a usar as instalações para as meninas, a situação não melhorou.

“Isso causou desconforto entre as garotas e deixou os alunos transexuais infelizes, o que começou a afetar sua produtividade na escola”, afirmou o diretor.

Foi então que a diretoria da escola decidiu construir os banheiros para transexuais, cuja entrada traz uma placa com um boneco rosa e azul, metade feminino, metade masculino.

“Não somos meninos. Não queremos usar o banheiro dos meninos – queremos que eles saibam que somos transexuais”, disse Triwate Phamanee, de 13 anos, que sonha em fazer uma cirurgia para mudança de sexo.


O banheiro é sucesso entre os alunos

“As pessoas precisam saber que ser transexual não é uma brincadeira. É como queremos viver nossas vidas. Por isso somos gratos pelo que a escola fez”, reforçou Vichai Saengsakul, de 15 anos.

Comportamento

Os alunos transexuais da escola Kampang andam juntos como um grupo e praticam seus maneirismos femininos com exagero. O mais jovem estudante a se declarar transexual tem 12 anos de idade.

Apesar de serem obrigados a usar o uniforme masculino, eles usam acessórios femininos e tentam colocar um pouco de batom e rímel, mesmo com a proibição do uso de maquiagem na escola.


Os meninos usam acessórios femininos

Eles são tratados de maneira perfeitamente normal pelos professores e outros estudantes.

Quando questionado sobre a precocidade com a qual os alunos decidem sobre a opção sexual, o diretor da escola afirmou que, em 35 anos trabalhando no sistema educacional, já encontrou muitos meninos travestis e nenhum deles mudou de opinião.

Segundo Sumontha, a presença dos jovens travestis nas escolas é algo comum e muitos deles acabam fazendo a cirurgia de mudança de sexo quando se tornam adultos ou vivem como homens gays.

Sociedade

A Tailândia é famosa pela tolerância com os homens transexuais e a presença deles é visível no cotidiano do país.

A cirurgia de mudança de sexo se tornou uma especialidade na indústria tailandesa de saúde e é relativamente barata no país, o que atrai pacientes de diversas partes do mundo.

Para a travesti Suttirat Simsiriwong, cuja atitude feminina [e realmente convincente, torna difícil não acreditar que não nasceu como mulher, muitos homens tailandeses que são gays, tendem a ser transexuais.

“A sociedade e a cultura tailandesa são muito doces e suaves e os homens podem ser muito femininos”, disse.

Ativista dos direitos dos transexuais, ela concorda com a adoção dos banheiros específicos para esses alunos nas escolas do país.


Simsiriwong tem atitude bem feminina

“Nessa idade é bom para eles ter um lugar específico. Mas quando eles terminarem a universidade, irão procurar ajuda médica e não precisarão ir em um banheiro para transexuais porque serão aceitos como mulheres – por isso, freqüentarão o banheiro feminino”, afirmou.

Discriminação

De acordo com Simsiriwong, a tolerância da sociedade não quer dizer que todos aceitam os transexuais, já que a discriminação ainda é presente.

Muitos reclamam que ainda sofrem com estereótipos e conseguem empregos na indústria da beleza, na mídia ou como prostitutas com facilidade, mas enfrentam dificuldades para serem contratados como advogados ou banqueiros.

Além disso, uma das principais reclamações dos transexuais do país é o fato de que eles não podem mudar seu status legal.

Uma proposta para permitir a mudança de sexo nas carteiras de identidade dos transexuais ainda não foi aprovada pelo governo.





visite também:

http://perolasdophotoshop.blogspot.com
http://aelementar.blogspot.com

on 09:08 0 comentários