Prestes a explodir
Um grupo internacional de astrofísicos detectou a onda de radiação ultravioleta emitida por uma estrela supergigante vermelha prestes a explodir.
O registro foi conseguido momentos antes de a onda de choque provocada pelo colapso do núcleo da estrela atingir a superfície e ejetar violentamente o envelope estelar (que cobre a estrela). Essa fase única da formação de uma supernova, conhecida como erupção de choque, foi capturada por meio do telescópio espacial em ultravioleta Galex.
O estudo, coordenado por Kevin Schawinski, do Departamento de Física da Universidade de Oxford, no Reino Unido, foi publicado na quarta-feira na edição on-line da revista Science. Participaram também cientistas da Alemanha, Canadá, França e Coréia do Sul.
Estrelas massivas enfrentam mortes violentas com o fim do estoque de combustível nuclear em seus núcleos, o que resulta em um colapso catastrófico que forma uma supernova.
“As mortes explosivas de estrelas massivas são eventos dramáticos que semeiam o Universo com elementos pesados e produzem buracos negros, pulsares e as mais energéticas explosões de raios gama. A energia resultante desse processo pode regular o crescimento de galáxias”, destacaram os autores.
O novo estudo, da supernova SNLS-04D2dc, revela uma onda de radiação ultravioleta que se manifestou antes da onda de choque, aquecendo a superfície da estrela à medida que essa começou a expandir. Os dados da radiação indicam que a estrela que formou a supernova era uma supergigante vermelha.
A observação inédita pode ajudar a ciência a entender melhor a estrutura interna e a física de estrelas massivas que entram em colapso, uma vez que os dados existentes de tal fenômeno se referem a episódios ocorridos dias após as explosões estelares.
“As observações fornecem uma nova maneira de investigar a física de supernovas geradas a partir do colapso de núcleos e das estruturas internas de suas estrelas progenitoras”, afirmaram os autores do estudo.
O artigo Supernova shock breakout from a red supergiant, de Kevin Schawinski e outros, pode ser lido por assinantes da Science em www.sciencexpress.org.
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