Japonerses criam carro movido à Água




a empresa japonesa Genepax apresentou na quinta-feira um protótipo de carro movido a água. Segundo a Empresa,com um litro de água o carro consegue andar à 80 km/h por uma hora.


Desafio de engenheiros e projetistas, sonho dos governos, incógnita para as empresas, pesadelo das companhias de petróleo. A indústria de hidrogênio, que nasceu como alternativa “limpa” para substituir as fontes de energia conhecidas atualmente, ainda está em formação. Mas já vem produzindo resultados animadores em alguns segmentos da economia. Dez hospitais americanos, por exemplo, trocaram recentemente suas redes elétricas por processos de geração de energia por hidrogênio e garantiram, além do funcionamento ininterrupto, a não emissão de gases poluentes. No Japão e Canadá, baterias e pilhas de hidrogênio já são produzidas comercialmente no mercado de telefones celulares, câmaras fotográficas e filmadoras. E recentemente foi a vez da indústria automobilística entrar no jogo. A Ford anunciou em sua sede, na pequena cidade de Dearborn – vizinha de Detroit (EUA) – um modelo Focus movido a hidrogênio. Seu debut no mercado deve acontecer no final de 2004. O projeto consumiu mais de US$ 400 milhões em investimentos e uma década de estudos dos 1,3 mil cientistas da montadora.

Outros fabricantes de automóveis como BMW, Chrysler, General Motors, Honda e Toyota têm projetos semelhantes aos da Ford. Apenas semelhantes, porque todas usam hidrocarbonetos (metanol, gasolina ou gás natural) para “extrair” hidrogênio. Só a Ford utiliza água para produzir o combustível limpo e sem emissão de gases. A tecnologia das células de hidrogênio surgiu exatamente com esse fim: colocar no mercado carros que rodassem a partir da água, emitindo vapor em vez de poluentes. A simples notícia de que isso não só seria possível como estava em andamento, acendeu a luz vermelha nas companhias de petróleo. Diante do iminente problema, o jeito foi apoiar o projeto e formar parcerias com a indústria automobilística. Com uma condição: as montadoras teriam de incluir os hidrocarbonetos no processo. Estaria garantida, dessa forma, a estabilidade das empresas distribuidoras de combustíveis fosséis. E assim deve ser até 2015. A partir daí, os carros movidos a combustível gerado a partir da água deverão representar maioria no mercado de hidrogênio. A estimativa da The National Hydrogen Association, entidade americana de pesquisa, é que 25% dos veículos americanos produzidos no período estejam utilizando hidrogênio para mover as engrenagens. Isto equivalerá a vendas de 2 milhões de veículos ao ano. O número é maior que a produção atual do mercado brasileiro.



Vantagens: o motor foi desenvolvido para não emitir gases poluentes

Os veículos movidos por este novo combustível gastam duas vezes menos do que os motores tradicionais. Testes mostraram que o carro chega a fazer 25 km com um litro. O único problema é que ainda não há viabilidade comercial. Se estivesse no mercado hoje, o Focus, por exemplo, custaria cerca de US$ 300 mil. Por isso mesmo, a Ford adiou sua estréia para 2004 a fim de tentar baratear os custos de produção. O carro de hidrogênio líquido, além de não ser poluente, reduz gastos públicos com saúde e diminui, sensivelmente, a importação de petróleo.

“A diferença entre uma grande companhia e uma excelente companhia, é que a excelente, além de oferecer bons produtos e serviços, trabalha para fazer um mundo melhor”, diz William Clay Ford Jr., chairman da montadora. “A Ford é uma excelente companhia”, conclui.




Pesquisa: uma década de estudos e US$ 400 milhões em investimentos


É claro que há entraves para a viabilidade comercial dos carros de hidrogênio. Ainda não se tem a idéia exata do que o projeto pode representar em termos financeiros para as montadoras. Terá a mesma receita dos carros movidos a gasolina? “Não há como ter essa resposta, ainda”, diz Mark Zulek, da área de projetos de veículos ambientais da Ford. O lucro é apenas um dos pontos. Outro é a infra-estrutura para fornecimento do combustível. Não se sabe o custo e nem se haverá disposição das distribuidoras em oferecer o insumo em seus postos. Há, nesse ponto, o dilema do ovo e da galinha: as companhias de distribuição relutam em instalar estações de fornecimento de hidrogênio enquanto não houver um número suficiente de carros para exigir tal investimento; a indústria automotiva, por outro lado, hesita em montar veículos até que haja plenas condições de abastecimento. A Ford, única a ter uma estação própria de fornecimento do produto, garante que se 15% dos postos americanos oferecerem hidrogênio, isto já justificaria uma produção em massa. A corrida está só começando.





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on 04:59

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